quarta-feira, 24 de março de 2010

Muitas pessoas passam por aí, a grande maioria é igual e eu nunca conheci alguém que fosse diferente. Bom, eu sou diferente, mas já me conheço a tanto tempo que não sou mais uma novidade pra mim.
As vezes mudo, tenho ataques de riso, quebro alguns pratos, jogo algumas coisas pela janela, mudo a rota em cima da hora e vou para um lugar diferente, mas no fim das contas, acabo chegando sempre no mesmo lugar.

sábado, 20 de março de 2010

As rosas eram incríveis. O amor, nem tanto.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Material

A matéria é o que compõe o universo,
logo você é matéria.
E mesmo que inverso,
não consigo acreditar que você realmente exista.
Aí, deixar de ser matéria e vira abstrato,
presente nos meus sonhos,
ausente no meu tato.
Tudo que existe é material,
você existe, meu amor.
Mas não sei se realmente é real.
Paradoxal, eu sei.
Só pode estar em estado gasoso,
eu não o vejo, mas o sinto,
ah, como sinto...
Sua baixa agregação
(como a bagunça do meu coração)
e seu alto teor energético
(sim, me soa poético)
Como todas essas canções,
e cantorias e violões.
O meu amor é como um gás,
ele preenche todos os espaçoes vazios,
completa todas as lacunas.
E a utopia?
Ta caminhando por aí,
sem forma, vazia.

terça-feira, 9 de março de 2010

Todas as pessoas que amei, se perderam no vazio de sua própria existência. Eram pessoas maravilhosas, incríveis, mas que de uma hora para outra, simplesmente não estavam mais lá.
Sei que é meio complicado de explicar, mas quando digo que não estavam mais lá, não me refiro a seus corpos, que permaneciam na mesma inércia (mas agora sem o mesmo brilho no olhar), e sim à suas almas, que se perderam no abstrato de suas limitações. As mãos ainda estavam entrelaçadas, mas perdeam o entusiasmo, não balançavam mais quando estavam juntas. As conversas se tornaram cada vez mais raras, e o olhar... Bom, eu passei um bom tempo sem me lembrar o que era o olhar.
O fato é que sempre que amo alguém, esse é tragado pra dentro de si. Acredito que ele seja morto e descartado pela via escretora. Sei que isso pode ter parecido nojento, mas acredite, não é nada quando compardo ao caráter dos novos habitantes dos corpos dos meus ex- amores.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Hoje fazem dois anos, ou três
não sei ao certo quanto tempo,
pode ter sido até mesmo um mês.
O fato é que nunca nos prendemos a data alguma.
Por isso não sei quando começei a te ganhar,
quando terminei de te perder.
Quando simplesmente deixamos de ser.
Mas ser o que?
Ser o que nunca fomos,
mas o que sempre fingimos ser.
O que sabíamos não ser nada,
mas tínhamos medo de perder.
Agora já faz muito tempo,
foram muitas as palavras jogadas ao vento.
Éramos rostos cheios de lágrimas,
que refletiam o coração sem coisa alguma.
Éramos a felicidade em forma de utopia,
Éramos o retrato de almas vazias.
Um fingia que amava,
e o outro que acreditava.
E no final, tudo era nada.
Nada mais restava.
Nada mais restava.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Meio termo.

Meu erro é não ser ponderada. Falo muito ou não falo nada, não sei achar o equilíbrio, o meio termo ou algo do tipo. Não sei gostar pela metade, não sei me doar aos poucos e muito menos conter meus sentimentos. Gosto de arriscar, sempre é tudo ou nada. Não sei ficar em segundo lugar, acho que cada um tem o direito de ser o campeão ou o perdedor, mas nunca o vice, o medalha de prata, aquele não deixou de fazer, mas que também não soube fazer direito.
Quase amar não é amar, quase conquistar não é obter uma conquista, quase esquecer não é se livrar do passado definitivamente e quase viver é apenas existir.

quarta-feira, 3 de março de 2010

As palavras e os sentimentos não couberam no meu coração, nem no papel, nem em alguns versos e provavelmente não caberão aqui.
Então essa é a oficialização de uma das minhas maiores paixões, escrever.