sábado, 31 de julho de 2010

Quebra-cabeças

Se eu pudesse me resumir em uma palavra, com certeza essa seria 'pedaços'. Sou pedaços de tudo que amo, pedaços que ganhei das pessoas que fazem parte da minha vida. Mas também sou ausência, ausência de pedaços que as pessoas que passaram por mim, levaram com elas.

Sou um quebra-cabeças, com algumas partes completas e algumas peças faltando. Não tenho pressa em 'ficar pronta', porque são mais interessantes as tentativas, os acertos e erros, a expectativa presente em cada tentativa de encaixar uma nova peça.

Sou os olhos brilhando quando vejo muitas peças encaixadas e alguma figura bonita se formando. Sou a frustração de quando uma peça bonita não encaixa. Sou a nostalgia de achar que já vi partes de mim em algum lugar. Mas também posso me cansar e colocar todas as peças de volta na caixa.

Sou o recomeço, posso começar do zero na hora que eu quiser, posso sonhar com o inatingível, porque enquanto todas as peças não forem encaixadas e eu não souber o resultado final, posso ser qualquer coisa, posso ser tudo, posso ser eu mesma.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pense, e se for para amar,
então ame.
Não pense, apenas ame.
Sinta.
Tenha sonhos,
tenha razão.
Me pediram pra viver intensamente,
enquanto eu morria intensamente de amor...

domingo, 25 de julho de 2010

Algo sobre felicidade e nostalgia...

Um beijo de olhares,
um abraço de palavras,
uma lágrima antiga.
O silêncio.
Um beijo de palavras,
um abraço de olhares.
uma lágrima recente.
O barulho de um coração voltando a bater.
Um beijo e um abraço,
olhares e palavras,
um estrondo de felicidade.
O ciclo da vida.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Uma vez uma amiga me disse que todo o amor que ela sentia pelo namorado havia desaparecido. Ela não sabia como nem quando, mas sabia.

Aquela não foi a única vez que ouvi alguém dizer que o amor não estava mais ali, que ele havia 'evaporado'.

Começei a pensar e logo concluí que todo esse esvaziamento coletivo de sentimentos não pode simplesmente acontecer e ponto. Se é amor, se há tanto ocupou um coração inteiro, um corpo, um sistema solar, ele simplesmente não pode desaparecer.

Existe um lugar, um abrigo, onde todo amor obsoleto é recolhido, cuidado e reabilitado.

Não é o ser humano que sofre por amor, e sim o amor que sofre pelo ser humano.


Não falta amor, há muito amor nesse mundo. O que falta são seres humanos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eu pensei tanto em te esquecer, mas só pelo fato de pensar... pensei ainda mais. Fiz uma lista enorme com mil motivos para não me aproximar -mesmo o meu corpo e a minha mente fazendo isso involuntariamente- , não me envolver, não gostar de você... Mas acabei gostando muito mais do que gostaria, muito mais do que conhecia, do que achava possível amar alguém. É, consegui transpor limites que eu nem conhecia, me aventurei em algo novo, sem ao menos sair do lugar. Fiz força para manter os pés no chão, mas acabei voando alto. Descobri tantas razões para me afastar, tantas razões lógias para não gostar de você, mas ainda continuei amando. Bati a cabeça. Me revirei na cama. Nada. Não consegui entender, como com tantos contras, como sabendo que era um erro enorme, como mesmo assim eu contiava sonhando com você.
Hoje eu entendo. Mesmo sabendo o tamanho do erro, eu gosto de você, porque eu não te amo com a mente. Eu te amo com o coração.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O coração é tão frágil, que precisa de proteção. Para chegar no coração tem que passar pelo cérebro antes, se ele não der sinal de alerta, o coração pode receber um novo morador e bater tranquilamente.
Meu coração bate em um ritmo tão tranquilo, que se eu pudesse, deitava em cima do meu proprio peito só para ouvir as batidas graciosas que me fazem pensar e rir.
(Ando rindo de mim mesma. Me recuso a chorar!)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Eu vi uma rua estreita, cheia de casas antigas e sentimentos simples. Na primaira casa, pintada de verde, há 50 anos atrás um homem apaixonado cortejou a mulher amada, lhe levou flores e debaixo daquela velha janela marrom, houveram muitas serenatas, que os ouvidos e o coração jamais esqueceram. Existiu felicidade, amor, alegria, houveram muitos laços, promessas cumpridas, bodas...
Hoje, me sento na calçada, na qual muitos apaixonados já passaram, os enamorados se casaram, os anos passaram e eu fiquei.
Aquela casa, aquelas lembranças que não são minhas, aquele mundo... Não consigo compreender. Sei que vou acabar demolindo a casa e construindo algo mais cômodo em seu lugar.